HISTÓRIA
PERSONALIDADES HISTÓRICAS
A história de Feira de Santana tem sido construída pela atuação de personalidades marcantes, em todas as áreas, desde as lutas sociais até aos avanços da educação e às manifestações da cultura popular e erudita. Desde seu surgimento, na primeira metade do século XVIII, várias personalidades marcaram a história de Feira de Santana. A começar pelo próprio casal Domingos Barbosa de Araujo e Ana Brandão, considerados seus fundadores. A partir deles foram surgindo figuras marcantes como Lucas da Feira (1807-1849), o escravo que fugiu da senzala e se tornou bandido, para uns, e herói, para outros; Maria Quitéria (1792-1853), a heroína feirense que vestiu-se de homem e lutou pela Independência do Brasil na Bahia, em 1823; Padre Ovídio de São Boaventura (1840- 1886), o generoso sacerdote que criou o Montepio do Artista Feirense e o Asilo Nossa Senhora de Lourdes; o poeta romântico Salles Barbosa (1862-1888), que defendeu nos versos a abolição da escravatura; o jurista Filinto Bastos (1856-1939), que foi também poeta romântico e abolicionista; o professor Geminiano Costa (1867-1919), filho de escravos alforriados, que alfabetizava gratuitamente crianças e adultos negros e pobres como ele; os intendentes e coronéis Agostinho Fróes da Motta (1856-1922) e Bernardino Bahia (1871-1931), responsáveis pela primeira modernização urbanística da cidade, no início do século XX; a poetisa e pianista Georgina Erismann (1893-1940), reconhecida nacionalmente e autora do hino oficial da cidade; Edith Mendes de Gama e Abreu (1903-1982), uma das primeiras feministas do Brasil, que se projetou nacionalmente na luta pelos direitos da mulher; Gastão Guimarães (1891- 1954), poeta, educador, desportista e médico que atuou gratuitamente no combate às epidemias da varíola e da peste bubônica nas décadas de 1920-30; Aloísio Resende (1900- 1941), poeta negro que dedicou seus versos à valorização do povo afrodescendente; os poetas Eurico Alves Boaventura (1910-1974) e Godofredo Filho (1910-1992), que participaram da introdução do modernismo na Bahia; o comerciante e banqueiro João Marinho Falcão (1893- 1971), que modernizou e dinamizou o mundo empresarial da cidade; o engenheiro José Joaquim Lopes de Brito (1915-2007), responsável pelo traçado urbanístico da cidade que deu origem às avenidas Getúlio Vargas e Maria Quitéria, e suas vias paralelas e transversais; o educador Áureo Filho (1902-1976), fundador do Santanópolis, um dos mais importantes colégios da Bahia entre 1933 e 1984; o pintor Raimundo de Oliveira (1930-1966), que se projetou nacionalmente com suas figuras de anjos e santos inspiradas na cultura popular do Nordeste; o cineasta Olney São Paulo (1936-1978), feirense adotivo que foi um dos expoentes do Cinema Novo; e o intelectual Dival Pitombo (1915-1989), um dos fundadores do Museu Regional de Feira de Santana, formado por peças de artesanato de couro regional e também por preciosos quadros de pintores modernistas brasileiros e da Inglaterra, doados pelo jornalista Assis Chateaubriand.